O Nome da Marca também é Imagem

Feitos o Plano de Negócios e todas as suas derivações, surge uma questão crucial… qual o nome vamos dar ao nosso negócio? Imersos nas preocupações com o planejamento estratégico e investimentos necessários, a criação do nome da nova empresa e de seus produtos acabam ficando em segundo plano.

No entanto, a escolha das palavras e sons que irão representar a marca é peça fundamental para a formação da identidade e o posicionamento no mercado, podendo representar, em alguns casos muito acertados, uma das principais vantagens competitivas.

O processo de criação do nome da marca corporativa ou de seus produtos requer reflexões que passam pela análise do significado literal da palavra, suas conotações, a facilidade de entendimento e pronúncia, o tamanho, a originalidade, a conveniência no uso gráfico, aspectos do idioma e culturais do local onde a empresa irá se instalar ou inserir o produto, o nível de representação dos valores da marca, sem esquecer das questões legais e de propriedade intelectual, entre outros quesitos. Aliás, uma questão muito importante atualmente é o uso e a aplicação do nome no ambiente digital, em especial nas ferramentas de busca e o registro de domínios.

Os mesmos cuidados são válidos para a criação de programas internos ou externos, como campanhas de vendas, promoções, concursos, entre outras atividades que demandem o engajamento do público-alvo ou a venda de alguma ideia. O nome certo envolve, cria identificação e empatia, estimula a compra e/ou participação. O nome errado afasta, causa estranheza e, em alguns casos, se torna motivo de zombarias e sátiras ou, pior, de críticas severas.

Vou me abster de citar casos clássicos ou curiosos de denominação errada de marcas ou produtos, pois quase todos conhecemos exemplos. A intenção, neste artigo, é chamar atenção para uma tarefa que não deve ser negligenciada por empreendedores e profissionais de comunicação e marketing.

 

As Etapas do Naming

Não existe uma única metodologia para a criação do nome de uma marca ou produto, mas procuramos elencar abaixo, de forma sintética, as etapas que normalmente são realizadas neste processo.

• Compilação dos valores, identidade e conotações que a marca deve expressar para o público-alvo, além de considerar os objetivos estratégicos do negócio.
• Listagem de todas as possibilidades de nomes possíveis. Quanto mais, melhor.

• Redução e filtragem da lista inicial em poucas opções para análises aprofundadas.
• Análises visuais, sonoras, conotativas, culturais, e legais das opções restantes.
• Definição.
• Proteção e registro da marca escolhida.

 

Em um cenário ideal, este processo contará com a participação de profissionais de diferentes áreas (linguistas, designers, comunicadores e advogados, por exemplo), além de clientes, funcionários e outras pessoas envolvidas com o negócio, que podem fazer indicações relevantes sobre a aplicabilidade do nome no dia-a-dia.

Pense nisso: dar um nome a uma marca ou um produto é uma forma de consolidar uma identidade e um posicionamento em um mercado cada vez mais acirrado.

Mas, principalmente, é uma oportunidade de conectar-se ao público-alvo.

(artigo publicado originalmente na Revista Atenção/Bauru, em outubro/14)